domingo, 17 de fevereiro de 2013

Por que é tão difícil andar em linha reta?

Pesquisadores do Instituto Max Planck de Cibernética Biológica provaram que os seres humanos perdem-se quando não têm um ponto de referência e acabam, inevitavelmente, andando em  círculos.



Reflita e até a próxima..

5w2hgestao&consultoria.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Inovar e inventar

3 diferenças básicas entre inovar e inventar
Respondido por Lourenço Bustani, especialista em inovação
Inovar e inventar são verbos com o mesmo princípio ativo: mudar paradigmas. Mas seus significados não são necessariamente os mesmos: inventa aquele que é “o primeiro a ter uma ideia”. Inova quem “torna novo, renova, introduz novidades, (des)conserta”. E por esses motivos a inovação é uma busca constante no mercado. Ao inovar:
1. Criamos e recriamos. Ou seja, também inventamos. Mas não basta o “novo pelo novo”: deve ser inovação no papel e na prática, sempre com base em um propósito sólido e melhorando a vida das pessoas.
2. Reconfiguramos. Inovar é saber dar um passo para trás para dar dois para frente. Portanto, não é preciso ser um inventor de soluções ocultas ou pensar no produto ou serviço que ninguém pensou. Inovar é sobretudo ser crítico, analítico e corajoso frente ao que já existe, alterando fluxos e reinventando caminhos que não deram certo, ou que já deram certo e agora precisam ser atualizados.
3. Remixamos. Podemos reaproveitar experiências e aprendizados – bons e ruins – para misturar reagentes e encontrar um caminho inovador. Por esse motivo, são combustíveis para a inovação o diálogo, a multidisciplinaridade e a multiculturalidade. A inovação é, antes de tudo, uma releitura.
Fonte: http://exame.abril.com.br
Até a próxima!!!

5w2hgestao&consultoria

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

As tragédias que ocorrem quando as normas técnicas não são cumpridas


As mortes de jovens em Santa Maria (RS) não serão as últimas, pois no país a maioria desses locais de baladas, bailes, boates, clubes, etc. não cumprem as especificações das normas técnicas. Ou seja, com a balela de que o cumprimento das normas técnicas não é obrigatório, não se cria no Brasil um cultura pela normalização.

Mauricio Ferraz de Paiva

Definir risco é bastante complexo, existindo alguns que dizem que ele é o grau de incerteza em relação à possibilidade de ocorrência de um determinado evento, o que, se realizado, redunda em prejuízos, ou seja, risco é a possibilidade de perda decorrente de um determinado evento. São elementos incertos e as expectativas que agem constantemente sobre os meios estratégicos e o ambiente e que provocam os desastres financeiros e, algumas vezes, perdas de vida humana.

A gestão de riscos inclui a aplicação de métodos lógicos e sistemáticos para a comunicação e consulta ao longo de todo processo; o estabelecimento do contexto para identificar, analisar, avaliar e tratar o risco associado a qualquer atividade, processo, função ou produto; o monitoramento e a análise crítica de riscos; o reporte e o registro dos resultados de forma apropriada. O processo de avaliação de riscos é a parte da gestão de riscos que fornece um processo estruturado para identificar como os objetivos podem ser afetados, e analisa o risco em termos de consequências e suas probabilidades antes de decidir se um tratamento adicional é requerido.

O processo de avaliação de riscos tenta responder às seguintes questões fundamentais: o que pode acontecer e por quê (pela identificação de riscos)?; quais são as consequências?; qual é a probabilidade de sua ocorrência futura?; se existem fatores que mitigam a consequência do risco ou que reduzam a probabilidade do risco?; e o nível de risco é tolerável ou aceitável e requer tratamento adicional? Dessa forma, cumprir uma norma destina-se a refletir as boas práticas atuais na seleção e utilização das técnicas para o processo de avaliação de riscos e não se refere a conceitos novos ou em evolução que não tenham atingido um nível satisfatório de consenso profissional. A NBR ISO/IEC 31010 de 04/2012 - Gestão de riscos - Técnicas para o processo de avaliação de riscos, que é uma norma de apoio à NBR ISO 31000 de 11/2009 - Gestão de riscos - Princípios e diretrizes, fornece orientações sobre a seleção e aplicação de técnicas sistemáticas para o processo de avaliação de riscos, que quando bem gerenciado contribui para outras atividades de gestão de riscos.

Outro problema está relacionado com a falta ou inobservância de detalhes construtivos integrantes do sistema de saídas de emergência, o que acarreta, no caso de utilização real, o desencadeamento de lesões corporais, entrada em pânico e até casos mais graves. A construção do sistema de saídas de emergência deve estar em condições de dar conforto mínimo e segurança ao usuário. É peça fundamental no sucesso da retirada de pessoas de locais sinistrados. Em poucos segundos, a pessoa é submetida à intensa carga física e emocional para as quais, normalmente, não está preparada, e a construção deve estar isenta de riscos desnecessários.

Resumidamente, pode-se dizer que as saídas de emergência em edificações têm como objetivo fornecer aos profissionais de projeto as ferramentas para planejar e executar o sistema de abandono em caso de emergência em qualquer tipo de edificação: residencial, comercial, industrial, social, institucional, etc. Mesmo com algumas legislações rigorosas em determinadas situações, deixando lacunas em outras, a verdade é que nessas lacunas é que se encaixam as saídas de emergência, pois em vários municípios não há legislações que especifiquem a obrigatoriedade de serem seguidas orientações específicas ou a própria norma brasileira que trata do assunto, a NBR 9077 - Saídas de emergência em edifícios fixa as condições exigíveis que as edificações devem possuir: a fim de que sua população possa abandoná-las, em caso de incêndio, completamente protegida em sua integridade física; e para permitir o fácil acesso de auxílio externo (bombeiros) para o combate ao fogo e a retirada da população. Segundo a norma, Os objetivos previstos devem ser atingidos projetando-se as saídas comuns das edificações para que possam servir como saídas de emergência; e as saídas de emergência, quando exigidas. A norma se aplica a todas as edificações, classificadas quanto à sua ocupação, constantes na Tabela 1 do Anexo, independentemente de suas alturas, dimensões em planta ou características construtivas, fixando ainda os requisitos para edifícios novos, podendo, entretanto, servir como exemplo de situação ideal que deve ser buscada em adaptações de edificações em uso, consideradas suas devidas limitações.

Para os efeitos da norma, as edificações são classificadas: quanto à ocupação, de acordo com a Tabela 1 do Anexo; quanto à altura, dimensões em planta e características construtivas, de acordo, respectivamente, com as Tabelas 2, 3 e 4 do Anexo. Importante é que a saída de emergência compreende o seguinte: acessos ou rotas de saídas horizontais, isto é, acessos às escadas, quando houver, e respectivas portas ou ao espaço livre exterior, nas edificações térreas; escadas ou rampas; e descarga. Elas devem ser dimensionadas em função da população da edificação. A população de cada pavimento da edificação é calculada pelos coeficientes da Tabela 5 do Anexo, considerando sua ocupação, dada na Tabela 1 também do Anexo.

Uma outra norma que não é cumprida é a NBR 14276 de 12/2006 - Brigada de incêndio - Requisitos que estabelece os requisitos mínimos para a composição, formação, implantação e reciclagem de brigadas de incêndio, preparando-as para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, visando, em caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio, reduzir as consequências sociais do sinistro e os danos ao meio ambiente, sendo aplicável para toda e qualquer planta. Uma brigada de incêndio é um grupo organizado de pessoas preferencialmente voluntárias ou indicadas, treinadas e capacitadas para atuar na prevenção e no combate ao princípio de incêndio, abandono de área e primeiros socorros, dentro de uma área preestabelecida na planta. O responsável pela brigada de incêndio da planta deve planejar e implantar a brigada de incêndio, bem como monitorar e analisar criticamente o seu funcionamento, de forma a atender aos objetivos dessa norma.

Por fim, ninguém cumpre a norma a NBR 10898 de 09/1999 - Sistema de iluminação de emergência que fixa as características mínimas exigíveis para funções a que se destina o sistema de iluminação de emergência a ser instalado em edificações, ou em outras áreas fechadas sem iluminação natural. A função desses sistemas é a de viabilizar a evacuação segura do local.

A iluminação de aclaramento deve atender a todos os locais que proporcionam uma circulação vertical ou horizontal, de saídas para o exterior das edificações, ou seja, rotas de saída. Deve assinalar todas as mudanças de direções , obstáculos, saídas, escadas, etc. Em áreas de risco, é recomendado que seja chamada a atenção com pisca-pisca ou equipamento similar as saídas do local. O de blocos autônomos são constituídos de aparelhos de iluminação de emergência de um único invólucro, contendo lâmpadas incandescentes , fluorescentes ou similares, fonte de energia com carregador e controles de supervisão, sensor de falha na corrente alternada, necessário para colocá-lo em funcionamento no caso de falta de alimentação da rede elétrica. O de baterias são os dotados de um painel de controle , rede de alimentação, luminárias de emergência e fontes de energia alternada(baterias).

A comutação do estado de vigília para o estado de funcionamento é automático quando da interrupção da alimentação da rede publica. O sistema não pode ser utilizado para alimentar quaisquer outras instalações da edificação. E os centralizados são sistemas de emergência em que a a fonte de alimentação é constituída por um grupo de motogerador com acionamento automático no caso de falha ou de falta de alimentação da rede publica. Tendo neste caso a tensão de alimentação limitada a 30V para evitar choques elétricos quando do combate a incêndios. Todos os sistemas de iluminação de emergência devem garantir uma autonomia de pelo menos uma hora com uma perda máxima de 10% da iluminação nesta primeira hora da iluminação prevista.

No caso de alguns incêndios, que geraram tragédias, a adoção de sprinklers (chuveiros automáticos) tem demonstrado ser o melhor equipamento disponível, e que obteve maior êxito no combate ao incêndios em edificações. Contudo, é sempre bom lembrar que um sistema de sprinklers tem como função central realizar o primeiro combate ao incêndio, na sua fase inicial, para extingui-lo ou então controlá-lo até a chegada do Corpo de Bombeiros. A normas que deve ser cumprida é a NBR 10897 de 10/2007 - Sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos – Requisitos que estabelece os requisitos mínimos para o projeto e a instalação de sistemas de proteção contra incêndio por chuveiros automáticos, incluindo as características de suprimento de água, seleção de chuveiros automáticos, conexões, tubos, válvulas e todos os materiais e acessórios envolvidos em instalações prediais.

Enfim, depois de uma tragédia, a sociedade brasileira reclama, mas a total negligência do poder público vai continuar e por consequência tudo ficará como antes. O país vive o absurdo ter milhares de vítimas de homicídios e um número igual em acidentes de trânsito todos os anos. A sociedade acabou acostumada com tudo isso, afinal, acabam se tornando casos diluídos no tempo e no espaço. Quando ocorrem tragédias maiores, é diferente, pois as pessoas se abalam emocionalmente. Elas têm o poder de perturbar, por mostrar o choro de centenas de famílias o quanto é valiosa a vida, o quanto é importante preservá-la. Quando o assunto é a segurança das pessoas, o exagero nunca é demais. Os riscos devem sempre ser medidos, possibilidades devem ser cogitadas e negligências punidas severamente antes que as tragédias aconteçam. O preço de uma vida não pode ser o da negligência pública e a corrupção generalizadas.

Mauricio Ferraz de Paiva é engenheiro eletricista, especialista em desenvolvimento em sistemas, presidente do Instituto Tecnológico de Estudos para a Normalização e Avaliação de Conformidade (Itenac) e presidente da Target Engenharia e Consultoria - mauricio.paiva@target.com.br

Fonte: Banas Qualidade

Até a próxima,

5w2hgestao&consultoria

A gestão por processos padroniza o trabalho de todos


De forma bem resumida, pode-se dizer que a gestão por processo contraria o estilo gerencial por departamentos, seções, setores, que é encontrado nas organizações. Este conflito é que tem dificultado o entendimento e a utilização real do conceito de abordagem por processos. De fato, as atividades hoje raramente são realizadas por uma única área ou grupo de pessoas. Há o envolvimento de várias áreas e até a formação de equipes específicas.

Assim, pode-se afirmar que é um método utilizado para rever, melhorar e padronizar processos de trabalho. Utiliza estratégia abrangente, sistemática e estruturada que garante a participação efetiva dos envolvidos, independente do nível hierárquico, promovendo o comprometimento com a qualificação do processo de trabalho. Os benefícios da gestão por processos incluem:

• Concentra o foco no que realmente interessa: o trabalho:
• É uma ferramenta para implementação da estratégia organizacional;
• Confere simplicidade, agilidade às atividades e flexibilidade organizacional;
• Facilita a gestão através de indicadores de desempenho;
• Instrumentaliza a aplicação de abordagens inovadoras;
• Facilita a gestão do conhecimento organizacional e a gestão de competências.

A gestão de processos permite identificar o conjunto de atividades capaz de gerar maior valor ao usuário/cliente que recebe um produto ou serviço, integrar e orientar para resultados as várias unidades organizacionais e auferir recursos e desenvolver competências para a consecução dessas finalidades. A orientação baseada em processos envolve a preocupação constante com a otimização, a partir da incorporação crescente de tecnologias informacionais na busca de melhorias incrementais (orientação típica da qualidade) ou de redefinições radicais (orientação típica da reengenharia), tendo em vista alcançar ou superar padrões referenciais de desempenho (benchmarks) na satisfação das partes interessadas. A visão clara dos processos permite identificar eventuais alternativas extraorganizacionais (mediante terceirizações e parcerias), as quais podem revelar-se mais vantajosas.

A gestão de processos demanda a concepção e o contínuo monitoramento de um quadro de indicadores de desempenho para a constante avaliação do alcance das metas estabelecidas de eficácia (efetivo alcance dos resultados), eficiência (melhor equacionamento entre recursos utilizados para alcançar os resultados) e efetividade (real capacidade de os resultados promoverem os impactos esperados). Deve-se, inicialmente, definir o que é um processo. O conceito usual refere-se ao ato de transformação que requer uma entrada (o que será transformado), o processo que irá transformá-lo e, a saída (resultado da transformação). Embora a norma não especifique, há quem entenda o conceito sob o paradigma dos processos produtivos. Isto é incorreto. Muito embora, não se deve esquecer que os processos produtivos estão incluídos nesse conceito.

A abordagem por processos deve partir da premissa de que se espera um resultado eficiente e eficaz das atividades que são conduzidas. O conceito de processos segundo a norma é de inter-relação ou interação de várias atividades com a finalidade de transformar insumos (entradas) em produtos (saídas). É entendido que a saída de um processo pode se tornar a entrada de outro processo e, assim por diante. Pode-se entender que uma organização possui inúmeros processos que se interligam e se interagem. Com a sincronização destes processos é que teremos como resultado o produto de qualidade da sua organização. Portanto, um sistema de qualidade é resultante do funcionamento adequado destes processos ou conjunto de atividades. A abordagem por processos irá facilitar a adoção das melhorias necessárias.

A norma ISO 9001 descreve a abordagem de processos como o 4º princípio de Gestão da Qualidade: um resultado desejado é atingido de forma mais eficiente se os recursos e as atividades forem geridos como um processo. Com isso se espera:
  • Definir sistematicamente as atividades necessárias para alcançar o resultado desejado;
  • Analisar e medir a capacidade das atividades do processo;
  • Identificar as interfaces do processo com as funções da organização;
  • Avaliar possíveis riscos, conseqüências e impactos das atividades dos clientes, fornecedores e outras partes interessadas do processo;
  • Estabelecer claramente a responsabilidade e a autoridade para gerenciar o processo e suas atividades;
  • Identificar os clientes internos e externos, fornecedores e outras partes interessadas do processo;
  • Projetar processos, considerando as suas etapas, atividades, fluxos, medições para controle, necessidades de treinamento, equipamentos, informação, materiais e outros recursos, para alcançar o resultado desejado.
E quais as questões chave a serem consideradas para garantir que o princípio de abordagem de processos esteja estabelecido na organização: Toda a organização funciona por processos?; Todos sabem quem são seus clientes, seus fornecedores e como bem realizar e avaliar suas tarefas?; Os resultados desejados são estabelecidos e divulgados?

Enfim, a gestão por processos representa uma visão bastante abrangente, onde a busca por ganhos está vinculada a um novo modelo de gestão. Colocar tal modelo em prática requer uma nova forma de analisar e decidir como será o dia a dia da organização de hoje, amanhã, na semana que vem, no próximo ano etc.

Fonte: Banas Qualidade
Até a próxima....